26 de fev. de 2013

Tempo

Estive por um tempo ausente do blog por não ter o que dizer, ou achar que o que eu tinha era totalmente irrelevante. Bom, sendo importante ou não, faz parte de mim, e quero compartilhar.
Mês passado eu perdi o meu avô,ele sofreu um infarto e nos deixou. Mais uma perda para minha coleção.
Eu costumava morar com ele, durante 21 anos foi assim, ele foi o pai que eu não tive.
Mas antes dele falecer, fui morar com um rapaz, e com isso deixei meu vô um pouco de lado, confesso.
Eu estava apaixonada e queria muito viver aquilo, e vivi.
Dias depois da morte do meu avô as brigas em casa começaram a ficar intensas, resultando em eu ir morar com uma tia que mora na praia, pois a casa que eu vivia com meu vô iria ser vendida.
Nunca quis morar com ela, muito menos morar na praia, não aceitei, cai em depressão novamente, mas o que mais me dói foi que eu não queria ter deixado o homem que eu amava. Eu deveria ter sido mais firme e dito que não iria de jeito nenhum, mas na hora eu fui quase ameaçada, e fui, chorando a viagem toda.
Vivo agora um romance a distância, o que sinceramente não me agrada, eu não queria isso pra mim, queria o perto de mim, porém agora, ele não me quer mais perto.
Tenho me sentido insegura, só, a minha vontade não importa a ninguém, estou vivendo uma situação bem forçada.
Mais uma vez a idéia de morte me vem na cabeça com muita força, penso as vezes até em ir pro mar, e de lá, nunca mais sair.
Tento me reerguer, mas ouço mais críticas do que apoio, e sozinha tem coisas que realmente eu não consigo.
Estou dando um passo de cada vez, não sei para onde vou, apenas sei que não estou bem.  E parece que somente eu posso me ajudar.
Tempo é a palavra que mais detesto. Ansiosa e impaciente por natureza, não sei esperar. É um defeito, eu sei, mas sou assim. O que o tempo trás? Será que realmente eu vou ter um final feliz? Que seria eu voltar para a cidade que quero, para o homem que quero? Acho que é a esperança disso acontecer que não me faz desistir.